LUXÚRIA



Desde sempre soube que havia nascido para ser amada, para receber e dar prazer. Seu olhar explorava com mal disfarçada volúpia suas presas. E elas dificilmente resistiam. Sabia seduzir. Se deleitava ao ver como exploravam suas curvas e a desejavam.

Gostava de mãos. Mãos másculas com unhas bem cuidadas. Mãos que avançavam para um braço forte. Imaginava o toque, como seriam deslizando por suas costas, agarrando seus cabelos levemente na nuca, envolvendo seu rosto durante o beijo, roçando seus seios.


Fechava os olhos e se permitia sentir. Se a sensação fosse intensa valia a pena correr o risco. Amou loucamente vários homens dessa forma. Muitos nunca souberam e nem ao menos imaginaram que a tiveram entre suas mãos em seus mais profundos delírios. A coragem de extravasar a luxúria é reservada a poucos. Mas ao pensamento não podem ser impostos limites. 

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Comentários

AC disse…
Calor, sensualidade, desejo à flor da pele..., num texto muito bem escrito.
Por onde tem andado, Magali? Senti a sua falta.

Um beijinho :)